Emater/RS-Ascar realiza curso de profissionalização inédito para viticultores na Serra
São 10 módulos de março a dezembro
Nesta quinta e sexta-feira (15 e 16/03) teve início, no Centro de Treinamento de Agricultores de Nova Petrópolis (Cetanp), o 1° módulo do Curso de Profissionalização de Viticultores, um curso piloto, inédito, promovido pela Emater/RS-Ascar, e que irá se estender ao longo do ano, em dez módulos (de março a dezembro). Participam 20 viticultores dos municípios de Monte Belo do Sul e Santa Tereza. Durante o curso, extensionistas da Emater/RS-Ascar e especialistas convidados irão trabalhar assuntos relacionados à vitivinicultura, desde a implantação do vinhal até a elaboração de vinhos. O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Todeschini, explica que os produtores participantes foram selecionados em função da idade, privilegiando os jovens, buscando um rendimento maior e um prolongamento do uso desses ensinamentos nas propriedades, já que eles serão os sucessores. "Também considerou-se aqueles produtores que, principalmente na parte da fitotecnia, ou seja, no quesito de produção, estejam com sérios problemas identificados pelos extensionistas destes dois municípios", ressalta Todeschini. Este 1° módulo é realizado no Cetanp para que os produtores possam sair um pouco do seu cotidiano, conversar e trocar ideias.
Ele é ministrado pelos engenheiros agrônomos da Emater/RS-Ascar, Enio Todeschini e Antônio Conte, que vão tratar da implantação e renovação dos parreirais, fisiologia vegetal e tecnologia de aplicação, enfocando o comportamento das variedades de uvas aos tratamentos fitossanitários.
Os demais módulos serão realizados em propriedades dos agricultores participantes nos dois municípios. "A ideia é explicarmos a parte teórica e depois termos uns 70% do tempo no campo, com práticas, para que eles possam aprender fazendo", explica Todeschini. De acordo com ele, já há outros municípios interessados em disponibilizar este curso para viticultores locais. "A expectativa é muito grande. Eu creio que os produtores vão se surpreender pelo conhecimento que terão nessas 60 horas de aula durante o ano", conclui Todeschini. Emater/RS-Ascar - Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul - Jornalista Rejane Paludo [email protected] - (54) 3223-5633 www.facebook.com/EmaterRS
Cobertura de solo em parreirais é discutida em Jaquirana
Na última terça-feira (13/03), em Jaquirana, a Emater/RS-Ascar realizou uma reunião a campo sobre cobertura de solo em parreirais, reunindo produtores de uva e interessados, e aproveitando a época propícia para a implantação das plantas de cobertura. A atividade contou com a presença do secretário Municipal da Agricultura, Douglas Samuel Braga Andelieri, do presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, Gabriel dos Reis Pereira, e do supervisor da Emater/RS-Ascar, Mario Antônio da Costa Silveira.
A atividade foi conduzida pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Angelo Todeschini, que conversou com os produtores sobre os inúmeros benefícios das plantas de cobertura, como proteção contra a erosão, manutenção da estrutura e biologia do solo, maior conservação da umidade e temperatura, além do importante papel no fornecimento de matéria orgânica e de nutrientes ao solo, um conjunto de benefícios que traz mudanças para a sanidade e a produção do parreiral. Todeschini também abordou os critérios para escolha da cobertura a ser utilizada, sua implantação e manejo.
A reunião faz parte de um conjunto de atividades que a Emater/RS-Ascar de Jaquirana e a Secretaria Municipal de Agricultura pretendem desenvolver, visando fortalecer a viticultura no município que, apesar do grande potencial, ainda conta com poucos produtores, cuja maioria cultiva a uva bordô, variedade que se adapta muito bem às condições de clima dos Campos de Cima da Serra.
Tarde de Campo qualifica produtores de morango da região das Hortênsias
Produtor de morangos há 25 anos, atualmente com 36 mil mudas plantadas em 12 estufas, das variedades Albion e San Andreas, a propriedade do agricultor Celso Augsten, na Linha Ávila, em Gramado, foi sede, na última quarta-feira (15/03), da 3ª Tarde de Campo sobre Morangueiro - Cultivo em Substrato. Aproximadamente 65 pessoas participaram do evento, que é realizado de maneira alternada nos municípios de Nova Petrópolis e Gramado, a cada ano. A Tarde de Campo foi promovida pelos Escritórios da Emater/RS-Ascar de Gramado e Nova Petrópolis e pela Secretaria da Agricultura de Gramado.
"Começamos aos poucos, até que conseguimos achar a maneira mais adequada de trabalho. Faz três anos que cultivamos em substrato, isso representa 80% a 90% da produção de morango. É um prazer receber mais agricultores na minha propriedade para que todos tenham a possibilidade de aprender sobre o cultivo", comenta Celso Augsten, que recebeu os participantes junto com a esposa Elice.
Um dos temas tratados na Tarde de Campo, que foi demandado pelos participantes do evento anterior, foi o manejo vegetativo do morangueiro, cujas práticas de poda e limpeza estão na época de serem realizadas. O assunto foi abordado pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Todeschini, que demonstrou as diferentes opções de manejo, desde plantas que não tiveram nenhum tipo de poda até aquelas variedades que permitem a poda drástica, passando pela poda de limpeza de rotina, que é a ideal por requerer um manejo constante, o ano inteiro, porém, demanda mais mão de obra.
Já o pesquisador da Embrapa, Régis Sivori, falou sobre o manejo integrado de pragas que é utilizado no morangueiro, explicando sobre os principais insetos pragas que atacam a cultura, dando um pouco mais de ênfase às pesquisas relacionadas à Drosophila suzukii, e também sobre as formas de monitoramento das pragas e as estratégias de controle, químicas e biológicas, com a atualização dos produtos fitossanitários registrados para uso na cultura do morangueiro.
Em outra estação, os engenheiros agrônomos da Emater/RS-Ascar, Luciano Ilha e Hector Eder, fizeram uma explanação sobre o Programa Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, concebido pela Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e executado pela Emater/RS-Ascar, apresentando resultados, as médias obtidas pelos agricultores que fazem parte do programa e um modelo de índices técnicos e econômicos - com estimativas, por exemplo, de custos de produção variáveis e fixos - que o produtor de morango deve buscar para ser viável na atividade.
"Hoje em dia existem muitas opções tecnológicas que afetam o custo de produção", alertou Ilha. Entre as medidas que podem representar economia na produção e maior lucratividade, apesar de exigirem mais de mão de obra, estão o preparo da adubação das plantas em casa, ao invés de comprar formulações prontas, e o preparo dos slabs, que são as sacolas de cultivo, na propriedade, com qualidade e total controle, já que as de melhor qualidade compradas prontas podem ter um custo equivalente a três vezes o da sacola feita em casa.
Entre os fatores técnicos a serem considerados para que a atividade seja viável e o produtor consiga maximizar o retorno econômico estão uma produção mínima por planta ou por área e o cuidado em evitar falhas na lavoura, mantendo uma população de plantas plenamente vivas e viáveis dentro da estufa. "Às vezes uma pequena mortalidade de plantas, em torno de 10%, quase não é percebida visualmente pelo produtor, mas eu tenho uma estimativa de que uma planta morta dentro da estufa acarreta um prejuízo de R$ 0,02 por dia/planta", ressalta Ilha.