Cruzamento foi feito durante 10 anos e resultou em 350 híbridos

Tangerina do IAC três vezes mais resistente a doenças recebe certificado de proteção

Cultivar de tangerina IAC 2019 Maria é um híbrido F1 resultante do cruzamento entre tangor Murcott IAC


A cultivar de citros tangerina IAC 2019 Maria obteve certificado de proteção no Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O documento reconhece a propriedade intelectual da cultivar desenvolvida pelo Centro de Citricultura Sylvio Moreira, do Instituto Agronômico (IAC) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento odo Estado de São Paulo.

A cultivar de tangerina IAC 2019 Maria é um híbrido Fresultante do cruzamento entre tangor Murcott IAC (Citrus reticulata x C. sinensis) (genitor feminino) - resistente à clorose variegada dos citros (CVC) e leprose dos citros - e laranja pera IAC (C. sinensis) (genitor masculino), resistente à mancha marrom de alternaria (MMA).

Iniciado em 1997, o cruzamento foi feito durante 10 anos e resultou em 350 híbridos. Para a seleção da IAC 2019 Maria, foram avaliados produção de frutos, vigor vegetativo, características fisioquímicas dos frutos e resistência à MMA nas cidades de Cordeirópolis, Botucatu, Colina, Capão Bonito, Matão e Itapetininga.

Marinês Bastianel, pesquisadora do Centro de Citricultura Sylvio Moreira do IAC, destacou a importância dos estudos. "A cultivar IAC 2019 Maria conseguiu ter resistência à mancha marrom de alternaria (MMA) em que a tangor Murcott era suscetível, obtendo uma cultivar resistente as três doenças: CVC, leprose dos citros e MMA."

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, destaca que o Estado de São Paulo é líder não apenas na citricultura, mas também na produção de conhecimento. "Transferir ao produtor as tecnologias geradas em nossos institutos de pesquisa é umas das principais recomendações do governador Geraldo Alckmin para a nossa Secretaria."

A citricultura paulista e do Triângulo Mineiro, o maior parque citrícola do mundo, entre os meses de julho de 2016 e junho de 2017, gerou um total de 45.508 empregos diretos, com saldo positivo de mais de 3 mil postos de trabalho com relação à safra passada. *Vinicius Matheus/ IAC

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