Produtor de MS quer popularizar o preço da pitaya
Em uma área de um hectare, onde havia pasto, 500 pés de pitaya
Popularizar o preço da pitaya. Essa é a intenção do produtor Gervásio Graeff, atendido pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial - ATeG "Hortifrúti Legal", do Senar/MS - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Foi no cultivo da fruta que ele encontrou a alternativa para diversificar as atividades da propriedade rural, baseada na pecuária de corte, com a cria de animais.
Em uma área de um hectare, onde havia pasto, 500 pés de pitaya passaram a ocupar o espaço. "Aqui se planta a fruta para ganhar dinheiro", afirma Graeff. A primeira safra rendeu 180 quilos. As vendas foram por encomendas e entregues também a um sacolão. A freguesia: os campo-grandenses. A comercialização da "produção piloto" variou de R$ 20 a R$ 40 o quilo. "Não deu para quem quis", declara.
De acordo com o técnico do Hortifrúti legal, José Loreto, as despesas dependem da adoção do sistema de implantação pelo produtor. Segundo ele, o custo de produção - implantação, manutenção, embalagem, transporte - é de R$ 4,70 por quilo. A taxa de retorno do produtor, considerando uma média de R$ 30 o quilo, foi cinco vezes maior que o custo de produção. Os resultados satisfatórios vieram após investimentos em mudas, infraestrutura para sustentação dos pés, correção do solo e sistema de irrigação, por meio das fitas gotejadoras. O pomar vem dando frutos, literalmente. Como a cultura é anual, ele consorciou com a melancia. Graeff almeja para a próxima safra, nos meses de janeiro e fevereiro, o montante de 2 mil quilos de pitaya. Para isso, já preparou o solo e fez as covas para o plantio de mais 500 pés da frutífera.
"É resistente à seca e pode ser cultivada em qualquer época, assim é a pitaya. Estamos trabalhando, pesquisando, para impulsionar a produção. É um mercado ainda pouco conhecido, mas bem promissor. Os produtores querem ampliar a produção para atingir o preço ideal entre R$ 10 e R$ 15 o quilo. Quanto mais vender, mais se produz, e vice-versa", diz o técnico de campo.
Vitrine da pitaya - Esses dados foram apresentados no 1º Encontro de Produtores sobre a cultura da Pitaya promovido pelo Sindicato Rural de Figueirão. O evento contou com a participação de 30 produtores interessados na atividade. Entre eles, Olídia Ferreira Barbosa, que ficou impressionada com o sucesso do cultivo do conterrâneo. "É uma possibilidade e tanta. Jamais imaginava que em Figueirão pudéssemos produzir pitaya. Eu mesma desconhecia a fruta, mesmo assim vou levar uma muda para casa, quem sabe darei continuidade a esse trabalho. O ATeG tem sido fundamental, pois nos tem motivado com conhecimento e tecnologias" reforça a produtora sobre a assistência técnica e gerencial do Senar/MS.
Sobre o Sistema Famasul - O Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) é um conjunto de entidades que dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul. É formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e pelos sindicatos rurais do Estado.
O Sistema Famasul é uma das 27 entidades sindicais que integram a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Como representante do homem do campo, põe seu corpo técnico a serviço da competitividade da agropecuária, da segurança jurídica e da valorização do homem do campo. O produtor rural sustenta a cadeia do agronegócio, respondendo diretamente por 17% do PIB sul-mato-grossense.