Cultivo da Ameixeira
Sistema de Produção de Ameixa Européia
A pesquisa com ameixeira na região é realizada desde a criação da Estação Experimental de Pelotas, em 1938. Os trabalhos iniciais estavam voltados principalmente à área de melhoramento genético, sendo introduzidas e estudadas várias cultivares promissoras para a região sul do Rio Grande do Sul. Em 1945, a Estação Experimental de Pelotas já contava com 43 cultivares introduzidas de vários países. A partir de 1956 até meados de 1960, os trabalhos foram ampliados, contando-se, nesta época, com 85 cultivares em observação. Neste período ocorreu a maior expansão da cultura em todos os locais produtores do Brasil. Na década de 70, entretanto, constatou-se no Brasil uma nova doença (Xylella fastidiosa) infectando plantas de ameixeira, fator que ocasionou o declínio da maioria dos pomares existentes. A partir de meados dos anos 80 as pesquisas com a ameixeira foram intensificadas. Buscou-se colocar à disposição dos produtores toda a tecnologia existente sobre a implantação de novos pomares, indicação de cultivares, preparo do solo, adubação, condução, poda, tratamentos fitossanitários, além de tornar acessível a utilização de mudas de alta sanidade.
Neste documento, a Embrapa Clima Temperado coloca à disposição dos produtores de ameixa uma publicação que aborda vários aspectos sobre a cultura. Espera-se que as informações levem significativa contribuição aos produtores, estudantes e técnicos que atuam na produção de ameixa no país.
O Sistema de Produção 2 - Ameixeira está estruturado em 14 capítulos, com a participação de 17 pesquisadores de diversas áreas de conhecimento. Mesmo com estes atributos a publicação não tem a pretensão de disponibilizar um conteúdo definitivo.
Ameixa Européia - O Brasil atualmente produz somente ameixas do tipo Japonesa, de menor exigência em frio e mais adaptadas às condições dos invernos do Sul do Brasil. Já a ameixa do tipo Européia, com maior exigência em frio para quebra da dormência, constituem a principal espécie de ameixeira cultivada no mundo e são a base tanto para a oferta de frutas para consumo 'in natura' como também para a produção de ameixas desidratadas. No Brasil, a Embrapa vem desenvolvendo desde a década de 1980 experimentos com ameixeiras européias, pois trata-se de uma espécie que pode adaptar-se a algumas regiões serranas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ampliando a matriz varietal de ameixas e sobretudo para proporcionar condições de produção nacional de ameixas desidratadas, hoje integralmente abastecidas com frutas importadas. Como resultado deste trabalho, conduzido em parceria entre a Embrapa Uva e Vinho e Embrapa Clima Temperado, elaborou-se este Sistema de Produção, cujo enfoque consiste na obtenção de frutas de qualidade superior mediante a adoção de tecnologia de produção adequada à exigência do mercado consumidor. De uma forma didática, simples e instrutiva, são apresentadas as principais tecnologias atualmente recomendadas de ameixas européias para consumo 'in natura' e processamento, nas diferentes etapas do desenvolvimento da planta e do manejo da fruta, para as condições de regiões com alta disponibilidade de frio para quebra da dormência.
É, portanto, um importante documento orientador que tem como finalidade orientar outros produtores para que possam obter ameixas saudáveis, de qualidade e compatíveis com a tão necessária competitividade e viabilidade econômica do empreendimento.
Conhecer o processo de cultivo e outras variedades da ameixa auxilia o produtor a obter maior produtividade e a diversificar a cultura. Ficou curioso? Então, acesse:
http://bit.ly/14LghQi
http://bit.ly/1spNqeM