Aconteceu nesta terça-feira (26/7) no Auditório Nelson Loda, localizado no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), o encontro ?Decidindo o Futuro do Caqui?, promovido pela Seção de Controle de Qualidade Hortigranjeira (SCQH) da CEAGESP, reunindo produtores das principais regiões produtoras, atacadistas e técnicos que trabalham com esta fruta. Na pauta do evento estava uma análise de como foi a produção de 2016 comparada aos anos anteriores, sua comercialização, análise técnica dos principais problemas enfrentados e expectativas para a próxima safra.
O encontro foi aberto pela chefe da SCQH, a engenheira agrônoma Anita Gutierrez, que ressaltou a importância de se discutir o futuro do caqui frente aos novos desafios que o setor vem enfrentando, como a entrada de novas variedades, a concorrência de outras regiões produtoras fora do Estado de São Paulo e o aumento da demanda pelo produto.
Entre as questões levantadas, discutiu-se muito sobre a incidência de um tipo de fungo que vem atacando os pomares de caqui Guiombo, que na opinião dos presentes é uma séria ameaça para esta cultura, se não for atacada com eficácia. Para tratar o problema, foi sugerida a formação de um grupo de especialistas e estudiosos sobre o tema, para se fazer um levantamento das pesquisas já realizadas e com isso traçar um plano estratégico de sobrevivência.
Outro problema discutido foi a do amolecimento da fruta antes de chegar ao consumidor final. Técnicos presentes informaram que já existe tecnologia para resolver a questão, e ficou decidido que haverá um outro encontro técnico com os produtores para que haja a transferência de tecnologia para tratar este e outros problemas enfrentados no campo.
A produção de caqui registrou um aumento tanto de demanda como de produção nos últimos tempos. No primeiro semestre deste ano, entraram na CEAGESP cerca de 25 mil toneladas de caqui, que movimentaram R$ 78,965 milhões. Números bem próximos de tudo o que foi trazido e comercializado em 2015, que foi de 29 mil toneladas da fruta, cujo volume financeiro foi da ordem de R$ 69,285 milhões. A procedência é bem variada, desde os estados mais próximos, como de locais mais distantes, como o Rio Grande do Sul e Goiás.
Os maiores fornecedores ? em ordem de volume - de caqui chocolate foram as cidades de Farroupilha (RS), Piedade (SP) e Pinto Bandeira (RS). De caqui Fuyu, foram os municípios paulistas de Piedade e Pilar do Sul, e a gaúcha Caxias do Sul. Da variedade Guiombo, a procedência é das cidades de Mogi das Cruzes (SP), Turvolância (MG) e Capão Bonito (SP). O caqui Rama Forte veio das cidades paulistas de Guararema, Pilar do Sul e Taquarivai. Já a de caqui Taubaté, os maiores fornecedores foram Jundiaí, Louveira e Mogi faz Cruzes, todas do interior paulista.
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