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Focos de cancro europeu na região de São Joaquim preocupam técnicos e entidades

O engenheiro agrônomo da Cidasc, Reinhard Krueger informa que caso o fruticultor ou técnico identifiquem o cancro ou até mesmo tenham dúvida devem pro


Nesta quarta-feira, 29, o Departamento Regional da Cidasc de São Joaquim realizou uma reunião para discutir Ações de controle e erradicação do Cancro Europeu, uma doença causada por fungo, que ataca principalmente macieiras, pereiras e marmeleiros e causam danos irreversíveis às plantas.
A reunião teve como objetivo propor ações efetivas de conscientização, controle e erradicação do cancro europeu.

A região de São Joaquim possui 80 focos confirmados desde 2012, sendo 61 focos no município de São Joaquim; sete casos em Urupema; seis em Bom Jardim da Serra; cinco em Urubici e um em Bom Retiro. Dos 80 focos, 46 deles foram registrados em 2015. Neste ano, já foram confirmados 14 focos. O encontro reuniu técnicos da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina, Associação dos Engenheiros Agrônomos da Serra Catarinense, Cidasc, Epagri, Núcleo dos Técnicos Agrícolas de São Joaquim e Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

O gestor regional da Cidasc, Rides Campos Ferreira destaca que a região de São Joaquim é essencialmente agrícola e tem na fruticultura a principal base econômica. "Mais de 70% do movimento econômico da região está baseado na fruticultura, e devido a essa importância, a disseminação do cancro europeu é tão preocupante para nossa região", ressaltou.

O engenheiro agrônomo da Cidasc, Reinhard Krueger informa que caso o fruticultor ou técnico identifiquem o cancro ou até mesmo tenham dúvida devem procurar imediatamente a Cidasc ou a Epagri, que fará coleta de amostras para confirmação do diagnóstico e orientará quanto as medidas a serem tomadas. "Os produtores precisam ficar muito atentos, pois em regiões de alto risco, a doença pode causar a morte de 10 a 12% das plantas ao ano, o que representa a perda total do pomar num prazo menor que 10 anos. O cancro europeu é considerado o câncer da macieira", alertou o engenheiro agrônomo.

O gestor regional da Cidasc apontou ações elencadas como Dia de Campo para responsáveis técnicos e produtores, visando identificação e procedimentos de controle. "Também foram sugeridas reuniões com os produtores nas comunidades do interior; uma excursão a Vacaria com produtores, responsáveis e a imprensa para conhecer a real gravidade desta doença. A conscientização e a educação através do rádio, jornais, cartazes, folders, outdoors e programas como Sanitarista Júnior da Cidasc também são fundamentais neste processo. Outra ação levantada é o estudo e a viabilidade de uma lei para criação de um fundo para financiar as ações de controle e erradicação do cancro europeu", afirmou.  * Scheila Godinho/São Joaquim Online

 

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