Paranapanema se destaca com safra da maçã
Município é considerado um dos principais produtores em São Paulo
Produzir maçã não é fácil. A fruta é delicada e exige atenção redobrada. Geraldo Van Den Broek é produtor da variedade eva. Nesta safra resolveu testar uma nova técnica para combater a mosca da fruta, uma praga que atinge muitas plantações.
Veja a reportagem exibida no Nosso Campo em 22/11/2015
O feromônio sintético é colocado em garrafas pet, distribuídas a cada 5 metros ao longo da plantação. Essa substância (feromônio masculino do inseto) atrai as fêmeas, que entram pelos buracos feitos na garrafa e ficam presas. Isso impede que elas botem os ovos e estraguem os frutos, explica o agricultor.
O agrônomo Paulo Mendes explicou para oNosso Campo que o feromônio é uma substância química que os insetos têm. Ela causa a atração da fêmea pelo macho de uma mesma espécie. Hoje, esse feromônio está sendo vendido e usado como armadilha. A técnica está surtindo efeito e o agricultor, inclusive, já economizou R$ 700 por mês.
Em 2014, a falta de chuva no período adequado prejudicou os agricultores. Neste ano, o que atrapalhou foi a variação climática. A floração não foi uniforme. Alguns frutos já estão prontos para colher, enquanto outros ainda têm que aguardar 15 ou 20 dias.
Na plantação de Alberto Nascimento, a expectativa é colher uma média de 45 toneladas em uma área de 5 hectares. Ele também cultiva a variedade eva, que é uma mutação da gala. É a mais comum no Sudoeste Paulista. Nesta safra, o agricultor espera que o mercado da fruta seja melhor, para cobrir as despesas de produção. O medo de Alberto é o excesso de chuva, o que pode causar podridão nos frutos.
Apesar desses fatores, os agricultores contam com um aumento entre 50% e 100% no preço do quilo da fruta em relação ao ano passado. Em 2014, o preço foi de R$ 2. Para esse ano, a previsão é de no mínimo R$ 2,50. A colheita, que estava prevista para terminar no fim do ano, vai se estender até janeiro.
Para saber mais sobre o controle natural de pragas e a prevenção de doenças, as Casas de Agricultura e as unidades da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) da nossa região oferecem atendimento gratuito. * G1/TV TEM