As fortes geadas que atingiram o sul do Paraná na metade do ano, não deverá afetar a produção das variedades Gala e Fuji, principais tipos de maçã cultivadas pelos fruticultores de Palmas. De acordo com o presidente da Frutipar (Associação dos Fruticultores do Paraná) e diretor técnico da ABPM (Associação Brasileira dos Produtores de Maçã), Ivanir Dalanhol, o impacto deverá ser constatado apenas nas variedades precoces, sobretudo a variedade Eva. Estima que a safra nacional da fruta seja menor, comparada ao ano passado devido às intempéries climáticas, porém, em Palmas a queda na produção não deverá ser tão acentuada. Alertou aos produtores sobre os cuidados com os pomares, principalmente em épocas chuvosas, quando as plantas ficam mais suscetíveis a doenças fúngicas. Além do frio, o que se verificou em alguns pomares do município é, o chamado, ciclo vegetativo, em que apenas as plantas, ao invés de flores, produzem apenas folhas. Segundo o Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Estado da Agricultura, a estimativa é de uma safra entre 10 e 11 mil toneladas, com uma quebra de em torno de 10%, comparada à safra anterior. Sobre a redução na área plantada, Dalanhol reforça que não trata-se de uma questão somente de Palmas. Pólos produtores como Fraiburgo e São Joaquim, em Santa Catarina, e Vacaria, no Rio Grande do Sul, também estão, gradativamente, reduzindo suas plantações, seja pela falta de incentivos governamentais ou pela incidência de doenças.
Destacou que lideranças do setor, têm buscado junto aos Governos Estadual e Federal subsídios para seguros, além de garantias da não entrada de frutas estrangeiras em solo brasileiro, assuntos tratados em audiência pública, em Brasília, no inicio do mês. * RBJ