Fruto de 13 anos de pesquisa do programa de melhoramento genético do maracujazeiro , a UENF lança uma nova variedade de maracujá-azedo duas vezes mais produtiva do que a média da produção do Estado do Rio de Janeiro. O Registro de Novos Cultivares foi liberado pelo Ministério da Agricultura em agosto e autoriza a produção de sementes e o cultivo. O chefe do Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal (LMGV) do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA), Alexandre Pio Viana, é o coordenador dos estudos e explicou que a pesquisa visou desenvolver uma nova cultivar adaptada às condições do Norte e Noroeste fluminenses.
Depois de chegar à versão final da variedade, batizada de UENF Rio Dourado, o laboratório submeteu ao Ministério o ensaio de Valor de Cultivo e Uso (VCU) há dois anos. Após esse período de acompanhamento, foi enviado um relatório técnico com as caraterísticas da nova cultivar. As áreas de experimentação foram realizadas nas unidades de campo da UENF em Itaocara e em Campos, no Colégio Agrícola Antonio Sarlo, totalizando 1,5 hectare de plantio.
?Essa nova cultivar tem aspectos de qualidade dos frutos superiores, como rendimento e qualidade do suco. Esperamos contribuir para que os municípios da região voltem a figurar no topo da produção de maracujá do Estado do Rio?, relatou o coordenador.UENF Rio Dourado
Alexandre informou ainda que a nova cultivar pode produzir até 25 toneladas por hectare com o manejo adequado. Atualmente, a média de produção no Estado do Rio é de 12 toneladas/ha. No Norte e Noroeste, municípios como São Francisco de Itabapoana, que já foi o maior produtor estadual, São João da Barra, Bom Jesus de Itabapoana, São Fidélis, Miracema e outros têm áreas de plantio de maracujá.
Os produtores rurais interessados na UENF Rio Dourado podem entrar em contato com o coordenador do programa de melhoramento genético do maracujá-azedo pessoalmente, através do telefone (22) 2739-7100 ou mesmo pelo
e-mail pirapora@uenf.br