Plataforma de boas práticas da FAO inclui mais uma tecnologia da Epagri

Sistema antigranizo e de controle de geadas evita prejuízos na região do Alto Vale do Rio do Peixe

08/02/2017 16:24 / Atualizado em 08/02/2017 16:23
Plataforma de boas práticas da FAO inclui mais uma tecnologia da Epagri

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O Sistema de Cobertura Telada Antigranizo e Controle de Geadas é mais uma tecnologia da Epagri a integrar a Plataforma de Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável, mantida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A plataforma é um espaço de disseminação e compartilhamento de iniciativas replicáveis desenvolvidas na Região Sul do Brasil. A tecnologia desenvolvida pela Epagri tem como objetivo prevenir danos ocasionados por granizos e geadas tardias na produção de pomares. 

O sistema consiste no uso de uma cobertura com tela antigranizo e irrigação por aspersão.

Segundo Marcus Henrique Pritsch, extensionista da Epagri em Fraiburgo e um dos responsáveis pela difusão da tecnologia, os dois modos de prevenção podem ser usados juntos ou individualmente. ?Tudo vai depender dos recursos disponíveis e das condições existentes no pomar?, explica.

Pelo menos 15 propriedades no Alto Vale do Rio do Peixe utilizam as duas tecnologias simultaneamente. Elas estão concentradas nos municípios de Fraiburgo, Videira, Pinheiro Preto, Rio das Antas e Tangará. As tecnologias vêm sendo usadas no Estado desde 2004, principalmente para frutas de caroço (pêssego, ameixa e nectarina) e em pomares de maçã.

O histórico de perdas na produção de frutas na região é longo. Chuvas de granizo em 2011, por exemplo, provocaram perdas totais de 20% na produção de frutíferas em Fraiburgo. Já na safra 2016/17, os 1677 hectares de frutas de localizados no Alto Vale do Rio do Peixe sofreram perdas na ordem de 30%, com prejuízo estimado de R$ 15 milhões, aproximadamente.

Geraldo Gaio tem um pomar em Fraiburgo e já colhe os benefícios de ter implantado a tecnologia com apoio financeiro do Programa SC Rural e recurso próprios. Na safra 2013/14 ele teve prejuízo de R$ 30 mil com geada e granizo. Na safra 2015/16 as perdas ultrapassaram R$ 44.000,00. Já na safra 2016/17, com o sistema em funcionamento, não foram computados prejuízos. Os investimentos necessários para a aplicação da tecnologia ainda são um entrave para a ampla adesão por parte dos fruticultores. Por isso, é importante contar com uma linha de crédito direcionada para este fim.

A tecnologia utilizada para o controle de geadas é original da Epagri, resultante de pesquisas desenvolvidas no Centro de Treinamento da Empresa em Videira. A cobertura dos pomares para controle do granizo foi adaptada da cultura da macieira.

O controle de geadas é feito por um sistema de irrigação por aspersão, que é acionado quando a temperatura ambiente ficaabaixo de 0°. Assim, as plantas congelam e ficam protegidas dos danos provocados pela geada.

A cobertura antigranizo é fixa, em forma de capela, e feita com uma tela especial para este fim, fabricada por determinados fornecedores do país. A recomendação da Epagri é de que ela seja aberta na época da florada (polinização), a fim de garantir a circulação das abelhas. Em outras épocas do ano, não há necessidade de abri-la.

Outras três tecnologias da Epagri integram a plataforma de boas práticas da FAO. A Rede de Propriedades de Referência Tecnológicas (Reprotec) busca aumentar a produtividade da pecuária de corte. O Sistema de Produção Integrada do Tomate Tutorado (Sispit) envolve todas as etapas de cultivo do tomate de mesa e utiliza as mais avançadas tecnologias para a produção de alimentos seguros e com certificação de qualidade. A Produção Integrada de Cebola para o Estado de Santa Catarina (PIC) reduz custos, mantém a produtividade e entrega alimentos seguros para o consumo. Mais informações com Marcus Henrique Pritsch: (49) 99922-09722 / 3533-5469

Informações para a imprensa: Gisele Dias, jornalista: (48) 9989-2992 / 3665-5147; Isabela Schwengber, jornalista: (48) 3665-5407





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