Cadeia da maçã conhece resultados do porta-enxerto Geneva em evento no CAV/Udesc Lages
O novo porta-enxerto além de produzir em menos tempo, tem alta produtividade, diminui mão de obra no pomar
O III Fiel day on rootstocks from CG series, conclui seu roteiro que começou na 4ª feira passada por pomares de Painel, São Joaquim, Urubici/SC e Vacaria/RS, onde se encontram plantios experimentais desde 2011, que estão em testes com bons resultados pelo CAV/UDESC Grupo de Fruticultura, liderados pelos professores Leo Rufato e Aike Anneliese Kretzschmar.
Na 6ª feira, 11 de janeiro, com palestra internacional do dr. Terense (Universidade Cornell EUA), dr. Nicolla Dallabetta (Itália), dr. Danilo Cabrera (Uruguai), dr. Ignasi Iglesias e Joan Torrents (Espanha) e nacional, dr. Leo Rufato (CAV/Udesc Lages) e Dr. Alberto Fontanella Brighenti (Epagri-EE. São Joaquim), pesquisadores, empresários, técnicos que trabalham com a produção de maçã no Brasil, viram os panoramas e resultados concretos de pomares plantados e conduzidos com porta-enxerto Geneva, onde comparado com o Maruba (mais plantado no mundo) está produzindo o dobro, chegando com G213 no cultivar Maxi Gala a 87 ton/ha, no plantio adensado 2.500/plantas/ha e no Fuji, produzindo 50 toneladas a mais/ha.
Há pomares em Guarapuava e Palmas/PR, Lages, Painel, Fraiburgo, São Joaquim e Urubici/SC e Vacaria e Caxias do Sul/RS, que estão produzindo frutos com alta produtividade e mantendo a qualidade para garantir o mercado nacional e no concorrido mercado internacional, onde nossos concorrentes já cultivam há anos o Geneva e o Brasil precisa se atualizar com novas variedades e cultivares de maçã, do contrário, ficaremos atrasados e perderemos mercado. "Até implantar, testar, ser aprovado técnica e comercialmente uma variedade leva anos, e aqui no Brasil mínimo uns 20 anos, destacou o pesquisador americano Torense.
O professor Leo Rufato do CAV/Udes-Grupo de Fruticultura, que coordena a pesquisa no Paísl com os porta-enxertos Geneva especialmente o 213, destaca "o aumento na Gala em 4 anos chega a 50 toneladas e na Fuji, bem mais com 80 toneladas em 4 anos, garantindo ao pomicultor alta produtividade, frutos de qualidade com bom calibre retorno certo nas safras".
Na edição 328 do JF online-junho/2018 (caderno do 13° Senafrut) nas páginas 23 e 24, tem artigo técnico tratando do tema (a UDESC em parceria com a RASIP e a Universidade de Cornell nos Estados Unidos, vem realizando diversos estudos, um destes, visando os porta-enxertos M.9 e G.213 nos sistemas de condução TAll Spindle e Bi-axis com as cultivares copa Maxi Gala e Fuji Suprema) e na próxima edição da Revista da Fruta (março) e do JF online (fevereiro), terá matéria completa do novo porta-enxerto Geneva no Brasil.
AGRADECIMENTO - III Field Day on Rootstocks from CG Series - após três dias intensos de aprendizado e troca de experiências com colegas e pesquisadores como Dr. Terence da Universidade de Cornell - NY/USA, da Itália, Espanha, Portugal, Marrocos, Tunísia, Uruguai, Chile e Brasil onde tivemos a honra de recebê-los em nosso campo experimental, fica aqui nosso agradecimento. Até o próximo.
Agradecimento especial à Agromillora, que proporcionou todos os testes nos principais popos de produção de maçã no Sul do Brasil.